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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Experiência de quase-morte

quasemorte


O termo Experiência de Quase-Morte (EQM) refere-se a um conjunto de sensações frequentemente associadas a situações de morte iminente, associadas a hipóxia cerebral, sendo que as mais divulgadas são o efeito túnel e a “experiência fora-do-corpo” (EFC ou OOBE, também denominada autoscopia). O termo foi cunhado pelo Dr. Raymond Moody em seu livro escrito em 1975, “Vida Depois da Vida”.
Apesar destas sensações serem freqüentemente associadas a uma experiência mística, são explicadas cientificamente como uma resposta secundária fisiológica do cérebro à hipóxia. Na maioria dos casos a morte clínica do paciente foi atestada pelos médicos, mas em nenhum deles houve a confirmação de morte cerebral.
Relatos
As pessoas que vivenciaram o fenômeno, geralmente relatam uma série de experiências comuns a elas, tais como:
· um sentimento de paz interior;
· a sensação de flutuar acima do seu corpo físico;
· a percepção da presença de pessoas à sua volta;
· visão de 360º;
· ampliação de vários sentidos;
· a sensação de viajar através de um túnel intensamente iluminado no fundo (efeito túnel).
Nesse espaço atemporal, a pessoa que vive a EQM, percebe a presença do que a maioria descreve como um “ser de luz”, embora esta descrição possa variar conforme os arquétipos culturais, filosofia ou religião pessoal. O portal entre estas duas dimensões é também descrito como “A fronteira entre a vida e a morte”. Por vezes, alguns pacientes que tiveram esta experência relatam que tiveram que decidir se queriam ou não regressar à vida física. Muitas vezes falam de um campo, uma porta, uma sebe ou um lago como uma espécie de barreira que, se atravessada, implicaria o não regresso ao seu corpo físico.
Com a multiplicação de referências a acontecimentos comparáveis à experiência de quase-morte, iniciou-se uma nova corrente onde diversos pesquisadores de todo o mundo, deram início à discussão e análise do fenómeno de forma mais aberta. A comunidade médica foi forçada a olhar para a morte e a sobrevivência da consciência sob uma nova perspectiva. Contudo, existem ainda observadores que negam as explicações científicas e atribuem este fenómeno a acontecimentos relacionadas com a descrição do que pode ser Deus ou a outra qualquer origem sobrenatural, recorrendo às explicações tradicionais como a memória genéticaou à associação da experiência ao nascimento biológico
Mudanças psicológicas e comportamentais
Após a Experiência de Quase-Morte os pacientes parecem alterar o próprio ponto de vista em relação ao mundo e as outras pessoas. As mudanças comportamentais são significativamente positivas. O principal fator para a mudança é a perda do medo da morte (tanatofobia); passam a valorizar mais as suas vidas e a dos outros; reavaliam os seus valores, ética e prioridades habituais; tornam-se mais serenos e confiantes.
EQM e Ciência
Até muito recentemente, este fenômeno era considerado pela ciência oficial, um assunto vulgar, fruto de lendas, crendice popular ou religiosidade. No entanto, pesquisadores como o Dr. Raymond Moody, principalmente após o seu livro “Vida Depois da Vida”, levou ao início de uma nova corrente de pesquisas de todo o mundo sobre o fenômeno.
Estudos realizados em hospitais entre sobreviventes a paradas cardíacas onde observou-se o fenômeno conhecido como experiência de quase-morte (que ocorre em cerca de 11% dos pacientes), incluindo as do cardiologista holandês Pim Van Lommel, demonstram apenas achados completamente explicáveis pela falta de oxigênio no cérebro em pacientes nos quais a morte encefálica não foi comprovada. As mesmas descrições de experiências de quase morte podem ser reproduzidas por medicações como a quetamina ou por indução de hipóxia cerebral por alta gravidade, incluindo visão em túnel, comunhão com Deus, saída do corpo e alucinações.
As investigações científicas sobre assuntos relacionados ao pós-morte sempre existiram e foram motivo de debate acadêmico. Mesmo com tanto interesse e a presença de numerosos relatos anedóticos, ainda não há qualquer comprovação científica que suporte essa hipótese.

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