Conhecida como o local mais assombrado de Recife, A Cruz do Patrão fica onde antes existia um istmo que ligava Recife e Olinda, às margens do Rio Beberibe e servia de baliza para os barcos que chegavam para atracar.
Dizem que foi construída a mando do patrão-mor do porto e que além de marco de navegação, a Cruz tinha outras funções. Lá eram enterrados os negros pagãos mortos durante as viagens nos navios vindos da África. A areia da maré facilitava esses sepultamentos improvisados. A inglesa Maria Graham fez um relato no qual afirmava ter visto pedaços de corpos em volta do marco.
Até o século XIX, no local também eram fuzilados os militares condenados à pena capital.
Segundo o escritor Franklin Távora acreditava-se que todos que passassem pelas imediações da Cruz do Patrão à noite veriam almas penadas ou seriam perseguidos por terríveis espíritos. Além disso, ocorreram fatos trágicos ali, conta-se de um estudante foi encontrado assassinado junto à Cruz. Culpou-se um soldado, que foi preso e mandado para Fernando de Noronha. Tempos depois descobriu-se que o culpado seria outro indivíduo, que cometera o crime animado por um "espírito infernal". Mas a revelação chegou tarde já que o soldado acabou morrendo na prisão da ilha.
Como muita gente preferia o caminho mais longo entre Olinda e Recife para evitar passar pela Cruz do Patrão isso tornou o lugar um ponto ideal para reuniões de feiticeiros praticantes das artes mágicas vindas do continente africano. Os encontros aconteciam principalmente nas noites de São João. Conforme relatos da época, um desses festejos teve como ápice o aparecimento do próprio Exu, figura com olhos de fogo e preto feito carvão. O espírito dirigiu suas atenções a uma moça que participava do culto e a perseguiu até o rio Beberibe, onde ela se atirou.
No século XX, a Cruz ainda fez outras vítimas. Veja, por exemplo esta nota publicada pelo jornal A Província em 15 de setembro de 1929, sob o título "Na Cruz do Patrão, um marítimo morreu afogado"
Dizem que foi construída a mando do patrão-mor do porto e que além de marco de navegação, a Cruz tinha outras funções. Lá eram enterrados os negros pagãos mortos durante as viagens nos navios vindos da África. A areia da maré facilitava esses sepultamentos improvisados. A inglesa Maria Graham fez um relato no qual afirmava ter visto pedaços de corpos em volta do marco.
Até o século XIX, no local também eram fuzilados os militares condenados à pena capital.
Segundo o escritor Franklin Távora acreditava-se que todos que passassem pelas imediações da Cruz do Patrão à noite veriam almas penadas ou seriam perseguidos por terríveis espíritos. Além disso, ocorreram fatos trágicos ali, conta-se de um estudante foi encontrado assassinado junto à Cruz. Culpou-se um soldado, que foi preso e mandado para Fernando de Noronha. Tempos depois descobriu-se que o culpado seria outro indivíduo, que cometera o crime animado por um "espírito infernal". Mas a revelação chegou tarde já que o soldado acabou morrendo na prisão da ilha.
Como muita gente preferia o caminho mais longo entre Olinda e Recife para evitar passar pela Cruz do Patrão isso tornou o lugar um ponto ideal para reuniões de feiticeiros praticantes das artes mágicas vindas do continente africano. Os encontros aconteciam principalmente nas noites de São João. Conforme relatos da época, um desses festejos teve como ápice o aparecimento do próprio Exu, figura com olhos de fogo e preto feito carvão. O espírito dirigiu suas atenções a uma moça que participava do culto e a perseguiu até o rio Beberibe, onde ela se atirou.
No século XX, a Cruz ainda fez outras vítimas. Veja, por exemplo esta nota publicada pelo jornal A Província em 15 de setembro de 1929, sob o título "Na Cruz do Patrão, um marítimo morreu afogado"
"Na Aldeia do Brum, bairro do Recife, residia Cyriaco de Almeida Catanho, remador da praticagem da barra. Pela manhã de ontem, cerca de seis horas, aquele marítimo deixou a sua residência indo banhar-se na Cruz do Patrão, local onde várias pessoas têm morrido afogadas (grifo nosso). Em certa altura do banho, alguns companheiros de Cyriaco Catanho que se encontravam nas proximidades da Cruz do Patrão observaram ele pedir socorro. É que a sua vida perigava. Trataram de dar os socorros solicitados. Infelizmente, porém, estes não deram o resultado esperado. Cyriaco Catanho havia se submergido. Comunicado o fato à Polícia Marítima, foram iniciadas as pesquisas para o fim de ser encontrado o cadáver. A polícia do Primeiro Distrito também tomou conhecimento da ocorrência. O morto era casado e deixou um filho de dois meses de idade."
A Cruz do Patrão resistiu ao tempo, às investidas da maresia e à falta de cuidado. Ela pode ser vista por quem passa na Ponte do Limoeiro, embora poucos saibam o que ela representa. O esquecimento da sua história seria obra dos espíritos malignos e almas que habitam o lugar?
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