A crença de que podemos, de alguma forma, encorajar a sorte é ainda evidente hoje em dia , sob a forma de superstições.
Por exemplo, existem poucas pessoas que nunca tenham, numa ocasião qualquer, batido na madeira ao falarem de um acontecimento desagradável, que tenham cruzado os dedos quando querem que alguma coisa corra bem, evitando a todo custo passar por debaixo de uma escada ou abrir um guarda chuva dentro de casa.
AS ORIGENS
Na maior parte dos casos estas superstições têm raízes fundamentadas: Os ingleses recusam a terceira chama para acenderem um cigarro, por exemplo, superstição que remonta à Primeira Guerra Mundial. Quando um soldado nas trincheiras acendia o seu primeiro cigarro, despertava a atenção dos atiradores inimigos; o segundo cigarro colocava-o na mira do atirador e ao acender o terceiro cigarro já uma bala assobiava na sua direcção.
OS GATOS PRETOS
O gato conheceu muitas faces da fortuna durante a sua longa associação com o homem. Foi adorado como uma divindade e perseguido como encarnação das forças do mal. Hoje em dia, na Inglaterra, o gato simboliza a magia sem malícia e considera-se geralmente que é um animal que dá sorte. Um gato atravessar-se no seu caminho é muito auspicioso, mas há quem afirme que é um mau presságio se o gato atravessa a rua da esquerda para a direita ou se ele fugir.
Se um gato preto lhe presta uma visita, nunca deve ser expulso porque poderia levar a sorte da casa consigo.
Em muitos países, como em Portugal, o gato preto é encarado com medo e hostilidade. Na América do Sul acredita-se que o gato preto à um poderoso espírito malévolo capaz de causar a doença e mesmo a morte.
Na Europa e nos Estados Unidos o gato preto simboliza o demónio e as suas obras diabólicas. Na América do Sul, contudo, acredita-se que o caldo obtido a partir da fervura da carne de um gato preto poderia curar a tuberculose pulmonar.
ANO NOVO
No dia de ano novo, deve-se comer lentilhas: quantas mais se comerem, tanto mais dinheiro se terá no ano que começa. Continuando ainda em gastronomia, na noite de São Silvestre (31 de Dezembro), que «rebente» 0 espumante ou o vinho branco; e, ao soarem as doze badaladas, deve-se engolir apressadamente doze passas.
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