Por Oswaldo Shimoda
É bastante frequente receber em meu consultório médiuns -são todos aqueles que servem de intermediário entre os espíritos desencarnados e os encarnados- rotulados equivocadamente pela psiquiatria oficial de esquizofrênicos, psicóticos, portadores de transtorno bipolar (alternância de humor extremada), síndrome do pânico, TOC (Transtorno obsessivo compulsivo), etc..
A grande maioria dos psiquiatras e psicólogos, por considerarem a mediunidade um fenômeno anômalo, patológico, diagnostica os médiuns como portadores de distúrbios psiquiátricos. Por conta disso, não existe ainda um diagnóstico diferencial entre um distúrbio mediúnico, que é normal, de um distúrbio mental, psiquiátrico, que é patológico, doentio.
Desta forma, nem todos os pacientes que dizem ver e/ou ouvirem vozes de seres espirituais, sofrem de uma desordem mental, psiquiátrica, sendo portadores de um quadro de esquizofrenia.
Nas Faculdades de Medicina e de Psicologia é ensinado que reencarnação não existe, que a vida começa no útero e que espíritos não existem; por isso, quem vê seres espirituais e/ou ouve suas vozes é diagnosticado prontamente como sofrendo de um transtorno mental grave, ou seja, psicose, esquizofrenia.
Como estudante de psicologia, aprendi assim; eu também fui treinado na disciplina de psicopatologia a diagnosticar os pacientes dessa forma, mas sem nunca fazer uma investigação mais ampla e cuidadosa para distinguir se o que eles diziam era real ou imaginário, fruto de suas mentes enfermas.
Não me passava pela cabeça que os pacientes podiam estar falando a verdade, que realmente estavam vendo e/ou ouvindo os espíritos.
Portanto, depois de formado como psicoterapeuta, encaminhava ao psiquiatra os pacientes que considerava psicóticos para serem medicados. Porém, quando comecei a trabalhar em 1989 com a regressão de memória, ao me deparar com os relatos de meus pacientes sobre as revivências traumáticas de suas vidas pretéritas e as manifestações de seres espirituais obsessores a quem eles prejudicaram em suas existências passadas, a princípio fiquei desconcertado, não sabendo como lidar com esses pacientes e suas manifestações espirituais.
Após conduzir mais de 9000 sessões de regressão e ter criado minha própria abordagem terapêutica, a TRE e presenciado inúmeras curas de pacientes rotulados por muitos psiquiatras de esquizofrênicos, psicóticos, bipolares, etc., constatei que o paradigma médico e psicológico -ainda hoje ensinado nas Universidades-, está profundamente equivocado, pois não trata o ser humano como um todo (mente, corpo e espírito), adotando, portanto, um critério científico puramente organicista, não levando em consideração a existência da alma, do espírito.
Por isso, a grande maioria dos psiquiatras e psicólogos não toma o cuidado necessário de se fazer um diagnóstico diferencial entre um distúrbio mediúnico e um distúrbio psiquiátrico propriamente dito. Ao contrário, essa possibilidade é até mesmo ridicularizada ou ignorada por muitos profissionais da área de saúde mental, pois não incorporaram ainda em seu raciocínio de diagnóstico a tese da pluralidade da de vidas da alma (a reencarnação), bem como a influência nefasta dos seres espirituais obsessores, desafetos dos pacientes, na origem de seus problemas.
Embora exista uma sutil fronteira para diferenciar um distúrbio mediúnico de um distúrbio psiquiátrico, constatei que os sintomas clínicos mais comuns de uma mediunidade em desarmonia são:
- 1) Sensação de peso, pressão na cabeça, na nuca, nos ombros ou nas costas;
- 2) Insônia, desassossego, pesadelos constantes de estar sendo perseguido;
- 3) Nervosismo acentuado (irritação por motivos banais);
- 4) Calafrios e arrepios constantes no corpo ou partes do corpo (sensação de frio nas mãos e pés);
- 5) Cansaço geral, desvitalização, desânimo;
- 6) Humor instável, alternância de humor extremada; tristeza profunda ou excessiva alegria, sem razão aparente;
- 7) Ver e/ou ouvir seres espirituais, senti-los, principalmente, antes de dormir (estado de pré-sonolência) e/ou ao acordar pela manhã.
Mas desejo ressaltar que o leitor atente para o sábio jargão médico: Cada caso é um caso; por isso reafirmo que é importante realizar uma análise mais detalhada e cuidadosa de cada caso para sabermos distinguir um evento mediúnico de um distúrbio mental, psiquiátrico, que somente um terapeuta mais experiente tem condições de fazer.
Caso Clínico:
Distúrbio mental ou obsessão espiritual?
Veio ao meu consultório um jovem de 23 anos, com as seguintes indagações:
Por que escuto vozes? Por que vejo vultos escuros? Por que sinto que alguém está sempre perto de mim? Quero me livrar disso, doutor Osvaldo, não aguento mais, quero saber se realmente tenho problemas psiquiátricos, ou se sou de alguma forma um médium; olha, venho de uma família de católicos e, por isso, quero deixar claro que não acredito nessas coisas de mediunidade; porém, sei que há algo de errado comigo, os remédios que estou tomando me deixam como um zumbi, quero minha vida de volta.
Desde os 12 anos, comecei a ter visões, mas não falava nada para os meus pais, pois tinha medo, achava que eles iriam me internar; à noite, comecei a escutar vozes de pessoas pedindo ajuda, alguém puxando as minhas cobertas, não conseguia mais dormir sozinho e corria logo para o quarto de meus pais. Acabei lhes contando o que estava acontecendo e eles me levaram para o médico. Comecei a tomar remédios e, como continuava a ter visões e escutar vozes, o psiquiatra aumentou as dosagens. Mas até hoje as visões e as vozes persistem.
Na primeira sessão de regressão, o paciente me relatou:
“Não vejo nada, está tudo escuro, sinto frio, parece que o lugar é úmido, sinto vontade de vomitar, tenho muito enjoo... Não quero sentir isso, quero sair daqui! (fala chorando).
- Calma, calma... Respire fundo, não tenha medo – digo ao paciente. (pausa).
“Continuo com frio, parece que meus pés estão molhados; doutor, não quero sentir isso... Não quero continuar, estou sentindo dor de cabeça” (fala chorando).
- Bom, então, vamos deixar para a próxima semana, falei, interrompendo a sessão.
Na semana seguinte, paciente veio para a 2ª sessão, disse que tudo piorara, que não conseguia dormir nem comer, que vomitava muito e a dor de cabeça não foi embora nem tomando o remédio mais forte.
Após descer as escadas (recurso técnico que sempre utilizo nessa terapia para que o paciente se aprofunde no relaxamento), ele viu alguns vultos escuros.
“Doutor, eles estão vindo em cima de mim, parece que querem me sufocar, me agredir... É exatamente o que sinto antes de tomar os remédios, depois vem a ânsia de vomito. (pausa).
Agora estou vendo do meu lado direito uma luz azul... Parece ser uma mulher; quando essa luz chega mais perto, eles se afastam... Sinto alívio e proteção. Ela não fala nada, apenas leva sua mão para o meu estômago e começa a tirar algumas coisas de dentro... Essa mulher pede para que fique calmo.
- Pergunte quem é ela e quem são aqueles seres que te agrediram – peço ao paciente.
“Ela não me diz nada, só pede a minha mão... Acho que ela quer me mostrar algo...
- Vá em frente, veja o que ela quer lhe mostrar – peço novamente ao paciente.
“Estamos em outro lugar... Um lugar úmido, com cheiro ruim, muito escuro; escuto gemidos, pedidos de ajuda (paciente estava descrevendo o umbral, o reino das trevas). Estou com medo” (fala chorando).
- Calma, vá em frente, veja o que acontece. (pausa).
“Essa mulher quer me mostrar uma cena...
Vejo um homem limpando uns artefatos, ele está de costas... Sinto que sou eu numa vida passada. Visto uma túnica preta e um capuz... Espera aí, parece que sou um carrasco! É isso mesmo, sou um carrasco; eu torturo e mato as pessoas, que coisa horrível! Sinto cheiro de morte, ouço vozes, gemidos, gritos... Como pude fazer isso? Como isso é possível se hoje tenho medo de tudo, de qualquer coisa que venha a fazer mal a um ser vivo!? (paciente fala chorando muito).
Não quero mais prosseguir com essa terapia... Eu mereço passar por isso, mereço ser um doente mental, mereço não ter uma vida normal, pois fiz muito mal para essas pessoas, eu as matava de forma cruel: homens, mulheres, e até mesmo crianças; fui um monstro! (paciente chora, gritando). (pausa).
A luz, aquela mulher, me abraça e está me dizendo: ‘Meu querido e amado irmão, sabia que trazendo-o aqui iria se arrepender, e os obsessores espirituais, vendo o seu arrependimento, poderiam –talvez- pedirem ajuda e serem levados para a luz.
Sei que o seu arrependimento é verdadeiro, porém, você deve ajudar essas almas perdidas, esses seres que você prejudicou no passado, se voltando agora para um trabalho mediúnico. Deverá frequentar um centro espírita ou até mesmo ser um terapeuta para ajudar outras pessoas, através de sua mediunidade.
Fique em paz, meu irmão, os obsessores serão encaminhados à luz, a partir do momento em que V. começar a desenvolver seu trabalho mediúnico, mas não tenha medo do que vê ou escuta, pois são somente almas querendo a sua ajuda.
Sugiro que o irmão faça também o curso de formação de terapeuta em TRE, com o Dr. Osvaldo. Certamente, com essa terapia, irá ajudar muita gente, e para esse trabalho, terá o amparo do Plano Superior. Fique com Deus e que Ele ilumine o seu caminho, com todo amor Crístico.
Por isso, a grande maioria dos psiquiatras e psicólogos não toma o cuidado necessário de se fazer um diagnóstico diferencial entre um distúrbio mediúnico e um distúrbio psiquiátrico propriamente dito. Ao contrário, essa possibilidade é até mesmo ridicularizada ou ignorada por muitos profissionais da área de saúde mental, pois não incorporaram ainda em seu raciocínio de diagnóstico a tese da pluralidade da de vidas da alma (a reencarnação), bem como a influência nefasta dos seres espirituais obsessores, desafetos dos pacientes, na origem de seus problemas.
Embora exista uma sutil fronteira para diferenciar um distúrbio mediúnico de um distúrbio psiquiátrico, constatei que os sintomas clínicos mais comuns de uma mediunidade em desarmonia são:
- 1) Sensação de peso, pressão na cabeça, na nuca, nos ombros ou nas costas;
- 2) Insônia, desassossego, pesadelos constantes de estar sendo perseguido;
- 3) Nervosismo acentuado (irritação por motivos banais);
- 4) Calafrios e arrepios constantes no corpo ou partes do corpo (sensação de frio nas mãos e pés);
- 5) Cansaço geral, desvitalização, desânimo;
- 6) Humor instável, alternância de humor extremada; tristeza profunda ou excessiva alegria, sem razão aparente;
- 7) Ver e/ou ouvir seres espirituais, senti-los, principalmente, antes de dormir (estado de pré-sonolência) e/ou ao acordar pela manhã.
Mas desejo ressaltar que o leitor atente para o sábio jargão médico: Cada caso é um caso; por isso reafirmo que é importante realizar uma análise mais detalhada e cuidadosa de cada caso para sabermos distinguir um evento mediúnico de um distúrbio mental, psiquiátrico, que somente um terapeuta mais experiente tem condições de fazer.
Caso Clínico:
Distúrbio mental ou obsessão espiritual?
Veio ao meu consultório um jovem de 23 anos, com as seguintes indagações:
Por que escuto vozes? Por que vejo vultos escuros? Por que sinto que alguém está sempre perto de mim? Quero me livrar disso, doutor Osvaldo, não aguento mais, quero saber se realmente tenho problemas psiquiátricos, ou se sou de alguma forma um médium; olha, venho de uma família de católicos e, por isso, quero deixar claro que não acredito nessas coisas de mediunidade; porém, sei que há algo de errado comigo, os remédios que estou tomando me deixam como um zumbi, quero minha vida de volta.
Desde os 12 anos, comecei a ter visões, mas não falava nada para os meus pais, pois tinha medo, achava que eles iriam me internar; à noite, comecei a escutar vozes de pessoas pedindo ajuda, alguém puxando as minhas cobertas, não conseguia mais dormir sozinho e corria logo para o quarto de meus pais. Acabei lhes contando o que estava acontecendo e eles me levaram para o médico. Comecei a tomar remédios e, como continuava a ter visões e escutar vozes, o psiquiatra aumentou as dosagens. Mas até hoje as visões e as vozes persistem.
Na primeira sessão de regressão, o paciente me relatou:
“Não vejo nada, está tudo escuro, sinto frio, parece que o lugar é úmido, sinto vontade de vomitar, tenho muito enjoo... Não quero sentir isso, quero sair daqui! (fala chorando).
- Calma, calma... Respire fundo, não tenha medo – digo ao paciente. (pausa).
“Continuo com frio, parece que meus pés estão molhados; doutor, não quero sentir isso... Não quero continuar, estou sentindo dor de cabeça” (fala chorando).
- Bom, então, vamos deixar para a próxima semana, falei, interrompendo a sessão.
Na semana seguinte, paciente veio para a 2ª sessão, disse que tudo piorara, que não conseguia dormir nem comer, que vomitava muito e a dor de cabeça não foi embora nem tomando o remédio mais forte.
Após descer as escadas (recurso técnico que sempre utilizo nessa terapia para que o paciente se aprofunde no relaxamento), ele viu alguns vultos escuros.
“Doutor, eles estão vindo em cima de mim, parece que querem me sufocar, me agredir... É exatamente o que sinto antes de tomar os remédios, depois vem a ânsia de vomito. (pausa).
Agora estou vendo do meu lado direito uma luz azul... Parece ser uma mulher; quando essa luz chega mais perto, eles se afastam... Sinto alívio e proteção. Ela não fala nada, apenas leva sua mão para o meu estômago e começa a tirar algumas coisas de dentro... Essa mulher pede para que fique calmo.
- Pergunte quem é ela e quem são aqueles seres que te agrediram – peço ao paciente.
“Ela não me diz nada, só pede a minha mão... Acho que ela quer me mostrar algo...
- Vá em frente, veja o que ela quer lhe mostrar – peço novamente ao paciente.
“Estamos em outro lugar... Um lugar úmido, com cheiro ruim, muito escuro; escuto gemidos, pedidos de ajuda (paciente estava descrevendo o umbral, o reino das trevas). Estou com medo” (fala chorando).
- Calma, vá em frente, veja o que acontece. (pausa).
“Essa mulher quer me mostrar uma cena...
Vejo um homem limpando uns artefatos, ele está de costas... Sinto que sou eu numa vida passada. Visto uma túnica preta e um capuz... Espera aí, parece que sou um carrasco! É isso mesmo, sou um carrasco; eu torturo e mato as pessoas, que coisa horrível! Sinto cheiro de morte, ouço vozes, gemidos, gritos... Como pude fazer isso? Como isso é possível se hoje tenho medo de tudo, de qualquer coisa que venha a fazer mal a um ser vivo!? (paciente fala chorando muito).
Não quero mais prosseguir com essa terapia... Eu mereço passar por isso, mereço ser um doente mental, mereço não ter uma vida normal, pois fiz muito mal para essas pessoas, eu as matava de forma cruel: homens, mulheres, e até mesmo crianças; fui um monstro! (paciente chora, gritando). (pausa).
A luz, aquela mulher, me abraça e está me dizendo: ‘Meu querido e amado irmão, sabia que trazendo-o aqui iria se arrepender, e os obsessores espirituais, vendo o seu arrependimento, poderiam –talvez- pedirem ajuda e serem levados para a luz.
Sei que o seu arrependimento é verdadeiro, porém, você deve ajudar essas almas perdidas, esses seres que você prejudicou no passado, se voltando agora para um trabalho mediúnico. Deverá frequentar um centro espírita ou até mesmo ser um terapeuta para ajudar outras pessoas, através de sua mediunidade.
Fique em paz, meu irmão, os obsessores serão encaminhados à luz, a partir do momento em que V. começar a desenvolver seu trabalho mediúnico, mas não tenha medo do que vê ou escuta, pois são somente almas querendo a sua ajuda.
Sugiro que o irmão faça também o curso de formação de terapeuta em TRE, com o Dr. Osvaldo. Certamente, com essa terapia, irá ajudar muita gente, e para esse trabalho, terá o amparo do Plano Superior. Fique com Deus e que Ele ilumine o seu caminho, com todo amor Crístico.
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