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terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Cidade dos Espíritos

Localizada no conjunto rochoso de Hayu-Marca, "A Cidade dos Espíritos", próximo do lago Titicaca, há uns 35 Km da cidade de Puno, no Peru.
Trata-se de uma reentrância, de forma retangular, esculpida num maciço de pedras que lembra uma porta. De autoria desconhecida, ainda que alguns pensam tratar-se de obra dos antigos habitantes pré-incas. Atribui-se a esta porta poderes sobrenaturais e acesso a outras dimensões. 
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Existem lendas que cercam este monumento. Uma delas conta que a uns 450 anos, um sacerdote do Império Inca, se escondeu nas montanhas para guardar dos conquistadores espanhóis um disco de ouro criado pelos deuses com o fim de curar aos enfermos e para ajudar na iniciação dos sacerdotes-xamãs. Pois bem, este sacerdote, que graças a seus conhecimentos e sabendo o poder da misteriosa porta, a atravessou levando consigo o disco de ouro não regressando jamais.
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Existe também uma história mais recente que conta como, em 1974, grande parte dos integrantes de uma banda de música conseguiram atravessar este portal de onde nunca mais voltaram. Esta história foi relatada pelo resto da banda que não conseguiu atravessá-la.
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Os habitantes do lugar dizem que é a entrada ao "Templo de la Iluminación de los Dioses Merú" ou "Hayu Marca", e contam estanhas historias sobre esta porta, como aquela de que em algumas tardes especiais ela se faz semi-transparente deixando entrever além de seus portais uma cidade iluminada.
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Também contam que ao tocar com ambas mãos os lados interiores do batente da porta de pedra e apoiando a cabeça em uma fenda que existe nela, se podem perceber estranhas sensações, tais como, la visão de fogo, melodias musicais e inclusive a visão de túneis que atravessam a montanha.
A porta de Aramu Muru se assemelha à porta do Sol de Tiahuanaco e a cinco restos arqueológicos que, unidos por imaginários traços, formariam uma cruz ao redor do Lago Titicaca.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Experiência de quase-morte

quasemorte


O termo Experiência de Quase-Morte (EQM) refere-se a um conjunto de sensações frequentemente associadas a situações de morte iminente, associadas a hipóxia cerebral, sendo que as mais divulgadas são o efeito túnel e a “experiência fora-do-corpo” (EFC ou OOBE, também denominada autoscopia). O termo foi cunhado pelo Dr. Raymond Moody em seu livro escrito em 1975, “Vida Depois da Vida”.
Apesar destas sensações serem freqüentemente associadas a uma experiência mística, são explicadas cientificamente como uma resposta secundária fisiológica do cérebro à hipóxia. Na maioria dos casos a morte clínica do paciente foi atestada pelos médicos, mas em nenhum deles houve a confirmação de morte cerebral.
Relatos
As pessoas que vivenciaram o fenômeno, geralmente relatam uma série de experiências comuns a elas, tais como:
· um sentimento de paz interior;
· a sensação de flutuar acima do seu corpo físico;
· a percepção da presença de pessoas à sua volta;
· visão de 360º;
· ampliação de vários sentidos;
· a sensação de viajar através de um túnel intensamente iluminado no fundo (efeito túnel).
Nesse espaço atemporal, a pessoa que vive a EQM, percebe a presença do que a maioria descreve como um “ser de luz”, embora esta descrição possa variar conforme os arquétipos culturais, filosofia ou religião pessoal. O portal entre estas duas dimensões é também descrito como “A fronteira entre a vida e a morte”. Por vezes, alguns pacientes que tiveram esta experência relatam que tiveram que decidir se queriam ou não regressar à vida física. Muitas vezes falam de um campo, uma porta, uma sebe ou um lago como uma espécie de barreira que, se atravessada, implicaria o não regresso ao seu corpo físico.
Com a multiplicação de referências a acontecimentos comparáveis à experiência de quase-morte, iniciou-se uma nova corrente onde diversos pesquisadores de todo o mundo, deram início à discussão e análise do fenómeno de forma mais aberta. A comunidade médica foi forçada a olhar para a morte e a sobrevivência da consciência sob uma nova perspectiva. Contudo, existem ainda observadores que negam as explicações científicas e atribuem este fenómeno a acontecimentos relacionadas com a descrição do que pode ser Deus ou a outra qualquer origem sobrenatural, recorrendo às explicações tradicionais como a memória genéticaou à associação da experiência ao nascimento biológico
Mudanças psicológicas e comportamentais
Após a Experiência de Quase-Morte os pacientes parecem alterar o próprio ponto de vista em relação ao mundo e as outras pessoas. As mudanças comportamentais são significativamente positivas. O principal fator para a mudança é a perda do medo da morte (tanatofobia); passam a valorizar mais as suas vidas e a dos outros; reavaliam os seus valores, ética e prioridades habituais; tornam-se mais serenos e confiantes.
EQM e Ciência
Até muito recentemente, este fenômeno era considerado pela ciência oficial, um assunto vulgar, fruto de lendas, crendice popular ou religiosidade. No entanto, pesquisadores como o Dr. Raymond Moody, principalmente após o seu livro “Vida Depois da Vida”, levou ao início de uma nova corrente de pesquisas de todo o mundo sobre o fenômeno.
Estudos realizados em hospitais entre sobreviventes a paradas cardíacas onde observou-se o fenômeno conhecido como experiência de quase-morte (que ocorre em cerca de 11% dos pacientes), incluindo as do cardiologista holandês Pim Van Lommel, demonstram apenas achados completamente explicáveis pela falta de oxigênio no cérebro em pacientes nos quais a morte encefálica não foi comprovada. As mesmas descrições de experiências de quase morte podem ser reproduzidas por medicações como a quetamina ou por indução de hipóxia cerebral por alta gravidade, incluindo visão em túnel, comunhão com Deus, saída do corpo e alucinações.
As investigações científicas sobre assuntos relacionados ao pós-morte sempre existiram e foram motivo de debate acadêmico. Mesmo com tanto interesse e a presença de numerosos relatos anedóticos, ainda não há qualquer comprovação científica que suporte essa hipótese.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Experiência fora do corpo



Você deve saber sobre as experiências fora do corpo (EFC) por causa de um programa de TV, de um artigo, ou talvez já tenha realizado essa experiência. Por séculos, esses estranhos fenômenos fascinaram médicos, cientistas, teólogos e teoristas amadores. Geralmente, as EFC são associadas a doenças ou incidentes traumáticos, mas em 24 de agosto de 2007, pesquisadores britânicos e suíços publicaram estudos no jornal acadêmico Science descrevendo como pode ser possível uma EFC em pessoas saudáveis.
Os experimentos dependiam de descobrir o que faz o cérebro de uma pessoa saber que ela se encontra dentro de seu corpo físico. É basicamente o sentido da visão ou vários sentidos e outros processos têm de trabalhar juntos? Se uma pessoa é capaz de sair de seu corpo, olhar ao redor e ver seu próprio corpo como um observador externo, o que aconteceria? Ela ainda se sentiria dentro de seu corpo físico ou sua percepção própria mudaria para onde seu ponto de vista, os seus “olhos”, estivessem posicionados?
Para responder a essas questões, os pesquisadores britânicos do Instituto de Neurologia da University College London conduziram dois experimentos. No primeiro, os voluntários sentaram em cadeiras e colocaram telas de vídeo na frente de seus olhos. A tela projetava imagens de duas câmeras localizadas a cerca de 1,2 metro atrás do voluntário. Cada câmera servia como um olho, uma projetava do lado esquerdo da tela e a outra, do lado direito. O efeito foi que o participante via uma imagem de um ponto de vista de 1,2 metro atrás de suas próprias costas.
Depois, um pesquisador ficou na frente das câmeras para que parecesse estar perto do “corpo virtual” do participante. Dessa posição, ele tocou ao mesmo tempo o peito do participante e seu corpo virtual com um bastão de plástico. O resultado foi que os participantes sentiram que estavam em seus corpos virtuais, apesar de terem sentido o toque do bastão. Muitos descreveram a experiência como sendo engraçada ou estranha.
O segundo experimento usou sensores de suor para medir as reações emocionais do participante. Na frente das câmeras, um pesquisador balançou um martelo em direção ao corpo virtual do participante. Os sensores mostraram que o participante ficou com medo de ser realmente atingido pelo martelo.
Pesquisadores da Suíça conduziram o terceiro experimento no Laboratório de Neurociência Cognitiva na Ecole Polytechnique Federale. Eles mostravam aos voluntários uma das três projeções em 3-D: um bloco, um boneco ou o próprio corpo do voluntário. Depois, alguém tocava as costas do voluntário enquanto outra pessoa tocava a parte de trás da projeção com um bastão, isso acontecia simultaneamente em alguns casos. A seguir, os pesquisadores vendaram os voluntários, os viraram para trás e removeram a venda. Quando pediram que eles voltassem para a posição inicial, as pessoas que tiveram suas costas tocadas ao mesmo tempo que tocaram a imagem de seu corpo se moveram para onde a projeção estava, e não para onde elas estavam inicialmente. Aqueles que observaram o boneco ou o bloco serem tocados voltaram para a posição correta.
Experiências fora do corpo reais e artificiais
Em uma experiência fora do corpo, a pessoa vê o seu corpo de um ponto superior fora do seu eu físico. As EFCs são freqüentemente associadas a doenças sérias, acidentes, ataques, experiências de quase morte ou outros acontecimentos traumáticos. Cerca de 10% da população pode ter uma EFC em algum momento da vida [fonte: UCL News - em inglês], apesar de um especialista no assunto afirmar que apenas 5% tem [fonte: Forbes.com - em inglês]. De qualquer forma, esse é um fenômeno que recebeu atenção em vários estudos científicos, religiões e discussões metafísicas.
Existem diversas explicações possíveis para a EFC ocorrer durante uma lesão corporal, doença ou trauma:
* a falta de oxigênio altera a atividade cerebral
* o cérebro enfrenta um trauma “saindo” do corpo, o que ajuda a pessoa a sobreviver
* o estresse causa diferentes sensações físicas e faz a percepção do eu físico, conhecida como propriocepção, ficar confusa
Algumas pessoas acreditam em uma causa espiritual, ou acham que a EFC pode ser realizada propositalmente, como através da hipnose.
Então os experimentos britânicos e suíços produziram autênticas experiências fora do corpo? Os dois experimentos parecem mostrar que a percepção própria de uma pessoa depende da cooperação entre os sentidos, e que a experimentação pode perturbar radicalmente essa ligação.
Experimentos antigos mostraram que o corpo físico tem um papel importante na maneira como a pessoa identifica o seu “eu”. O Dr. Henrik Ehrsson, pesquisador chefe da UCL, uma vez conduziu um estudo em que os cérebros dos participantes eram induzidos a pensar que mãos de borracha eram as mãos reais dos participantes.
Um dos pesquisadores no estudo sueco, o Dr. Olaf Blanke, disse que suas tentativas produziram algo parecido com uma experiência fora do corpo, “mas não a experiência completa”, acrescentando que eles estavam pregando peças nas pessoas. Diferente de uma autêntica experiência fora do corpo, em que uma pessoa acredita que realmente saiu de seu corpo, esses participantes ainda reconheciam a imagem projetada como algo “diferente”. Ainda assim, o estudo mostrou como o cérebro pode ser enganado e como a percepção de uma pessoa pode ter uma grande influência sobre a percepção de seu corpo e de sua localização física.
O Dr. Ehrsson acredita que seus experimentos produziram autênticas EFCs. Ele afirmou que o estudo foi o primeiro deste tipo a produzir EFC em pessoas saudáveis. Ele também disse que o estudo foi particularmente importante por causa do uso de técnicas multisensoriais e por estabelecer o corpo físico como a base da consciência [fonte: UCL News (em inglês)]. Ele acrescentou que se “projetar” em um corpo virtual poderia ter aplicações abrangentes na produção de uma realidade virtual e de simulações de videogame mais reais, ou no aprimoramento de cirurgias remotas [fonte: UCL News(em inglês)]
terça-feira, 23 de agosto de 2011

Qual a origem da superstição envolvendo a sexta-feira 13?



Na América do Norte e na Europa, uma parcela significativa da população se comporta de maneira estranha em sextas-feiras 13. Nesse dia, essas pessoas não entram em aviões, não dão festas, não se candidatam a empregos, não se casam, nem iniciam um novo projeto. Algumas dessas pessoas nem vão trabalhar. Nos Estados Unidos, cerca de 8% da população tem medo da sexta-feira 13, uma condição conhecida como parasquavedequatriafobia. A “sexta-feira 13″, como conhecemos, está enraizada em muitas tradições e culturas.
A superstição acerca da sexta-feira 13 é na verdade uma combinação de dois medos separados: o medo do número 13, chamado triskaidekafobia, e o medo de sextas-feiras. A fonte mais familiar de ambas as fobias é a teologia cristã. O treze é significativo para os cristãos porque é o número de pessoas que estavam presentes na última ceia (Jesus e seus 12 apóstolos). Judas, o apóstolo que traiu Jesus, foi o décimo terceiro a chegar.
Os cristãos, tradicionalmente, têm mais cautela com as sextas-feiras por Jesus ter sido crucificado nesse dia. Além disso, alguns teólogos dizem que Adão e Eva comeram o fruto proibido em uma sexta-feira, e que o grande dilúvio começou em uma sexta-feira. No passado, muitos cristãos não iniciavam nenhum novo projeto ou viagem em uma sexta-feira, por medo de que o esforço fosse condenado desde o princípio.
Os marinheiros eram particularmente supersticiosos nesse sentido e costumavam recusar-se a embarcar em sextas-feiras. De acordo com uma lenda, no século 18, a Marinha Britânica comissionou um navio chamado H.M.S. Friday (sexta-feira em inglês) com a intenção de suprimir a superstição. A marinha selecionou a tripulação em uma sexta-feira, lançou o navio em uma sexta-feira e até escolheu um homem chamado James Friday para ser o capitão do navio. E assim, em uma manhã de sexta-feira, o navio partiu em sua primeira viagem – e desapareceu para sempre.
Alguns historiadores culpam a desconfiança dos cristãos com as sextas-feiras em oposição geral às religiões pagãs. A sexta-feira recebeu seu nome em inglês em homenagem a Frigg, a deusa nórdica do amor e do sexo. Essa forte figura feminina, de acordo com os historiadores, representava uma ameaça ao cristianismo, que era dominado por homens. Para combater sua influência, a igreja cristã a caracterizou como uma bruxa, difamando o dia que a homenageava. Essa caracterização também pode ter tido um papel no medo do número 13. Foi dito que Frigg se uniria a uma convenção de bruxas, normalmente um grupo de 12, totalizando 13. Uma tradição cristã semelhante considera o 13 amaldiçoado por significar a reunião de 12 bruxas e o diabo.
Alguns ligam a infâmia do número 13 à cultura nórdica antiga. Na mitologia nórdica, o amado herói Balder foi morto em um banquete com o deus do mal Loki, que se infiltrou em uma festa de 12, totalizando um grupo de 13. Essa história, bem como a história da Santa Ceia, levam a uma das mais fortes conotações do número 13. Nunca se deve sentar-se à mesa em um grupo de 13.
Outra parte significativa da lenda da sexta-feira 13 é a sexta-feira 13 particularmente ruim ocorrida na idade média. Em uma sexta-feira 13 de 1306, o Rei Filipe da França queimou os reverenciados cavaleiros templários, marcando a ocasião como um dia do mal.
Algumas pessoas adquirem o medo da sexta-feira 13 por causa de má sorte que tiveram nesse dia no passado. Se você se envolver em um acidente de carro em uma sexta-feira 13, ou perder sua carteira, o dia ficará marcado para você. Mas se pensarmos bem, coisas ruins (como derramar o café ou problemas mais sérios) ocorrem todos os dias, portanto, se você procurar por má sorte em uma sexta-feira 13, você provavelmente encontrará.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Carma, destino ou maldição?

Veja uma incrível história sobre o garoto James, de apenas 6 anos que chocou sua família com revelações sobre sua vida passada:
                             
                                           Parte 1:

                                           Parte 2:

É um caso de carma? O menino James voltou para resgatar erros cometidos em sua vida passada? É um caso de destino? Ou é uma maldição em seu espírito? Dê sua opinião!


domingo, 21 de agosto de 2011

A genialidade e a loucura: Existe uma conexão?


A insanidade é a companheira secreta dos gênios? Embora não possamos realizar exames psicológicos naqueles que já estão mortos há tanto tempo, isso não impediu que historiadores especulassem sobre o estado mental de gênios mortos interpretando suas cartas pessoais, seus trabalhos e as declarações de outras pessoas. Aconteceu de alguns dos grandes gênios do mundo serem um tanto malucos. Na verdade, alguns cientistas alegam que uma porcentagem ainda maior de tipos criativos (poetas, pintores, músicos) foi afligida por transtorno bipolar do que a população geral. Acredita-se que algumas das mentes criativas mais renomadas, incluindo os escritores Mary Shelley, Virginia Woolf e Ernest Hemingway; os compositores Irving Berlin e Sergey Rachmaninoff; e os pintores Paul Gauguin e Jackson Pollock, sofreram da doença [fonte: Patient Health International].
Apesar da evidência de uma conexão entre gênialidade e loucura, ninguém provou que tal conexão existe de fato. Contudo, cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram que pessoas criativas possuem pouco a nenhuma inibição latente, a capacidade inconsciente de rejeitar estímulos sem importância ou irrelevantes. Como coloca Jordan Peterson, professor da Universidade de Toronto, “Isso significa que indivíduos criativos permanecem constantemente em contato com o fluxo de informação extra vindo do ambiente. Uma pessoa normal classifica um objeto e, em seguida o esquece, mesmo que aquele objeto seja muito mais complexo e interessante do que ela pensa. A pessoa criativa, por contraste, está sempre aberta a novas possibilidades [fonte: Universidade de Toronto]
Vamos dar uma olhada nesses gênios malucos – os famosos pensadores e artistas que sofreram de doença mental. Primeiro, vamos repassar o caso moderno de John Nash, cuja esquizofrenia foi sensacionalizada por Hollywood.
5. John Nash (1928 -)
O premiado filme “Uma Mente Brilhante” (“A Beautiful Mind”, 2001) popularizou a história de John Nash. Nash é um matemático e economista mundialmente renomado que lutou com sua esquizofrenia paranoide depois de surgir com contribuições significativas para o conceito da teoria dos jogos. A ideia do “Equilíbrio Nash”, que discute se os jogadores em um jogo podem beneficiar-se da mudança de estratégia de um deles, pode ser aplicada a vários campos, inclusive à economia. As forças armadas americanas até adotaram táticas baseadas em suas ideias para usar na Guerra Fria [fonte: Singh].
Embora o filme (baseado na biografia de mesmo nome de Silvia Nasar) toma liberdades com a história verdadeira da vida de Nash, ele de fato experimentou alucinações e delírios. Suas alucinações incluíram ouvir vozes, mas sem ver pessoas ou coisas que não estavam lá. Ele começou a ter delírios de grandeza, e acreditava que as maiores figuras do mundo o perseguiam [fonte: PBS]. Depois de 30 anos lutando contra o distúrbio e de passar muito tempo entrando e saindo de hospitais, Nash conseguiu se recuperar de forma significativa no final dos anos 1980. Em 1994, John Nash recebeu o Prêmio Nobel em Ciências Econômicas por seu primeiro trabalho com a teoria dos jogos.
Loucura é uma coisa boa
John Nash sugere que o pensamento irracional na verdade tem seus benefícios. Discutindo sua recuperação da esquizofrenia, Nash comenta que isso não é “inteiramente motivo de alegria” para ele. Explica: “Um dos aspectos disso é que a racionalidade do pensamento impõe um limite no conceito de uma pessoa sobre sua relação com o cosmos” [fonte: Nash]
4. Vincent van Gogh (1853 – 1890)
Pinturas de Vincent van Gogh como “A Noite Estrelada” (1889) e “Terraço do Café à Noite (1888)” são facilmente reconhecidas por suas pinceladas únicas e pela expressividade. Contudo, van Gogh ganhou popularidade somente após a sua morte. Hoje ele é considerado um dos maiores pintores de todos os tempos.
A vida de van Gogh foi uma vida torturada. Quase todo mundo sabe que o pintor cortou parte de sua própria orelha (e ele até fez questão de registrar-se após a automutilação no quadro “Autorretrato com orelha a cortada” (1889). Ele também supostamente bebeu terebentina (aguarrás) e tentou comer tinta [fonte: Mancoff]. Tragicamente, cometeu suicídio em 1890. Os autores D. Jablow Hershman e Julian Lieb propõem em seu livro “Manic Depression and Creativity” que van Gogh tinha transtorno bipolar. No livro “Touched with Fire”, Kay Redfield Jamison chega à mesma conclusão. Ela também discute a arte de van Gogh em relação à sua doença mental. Por exemplo, ela nota que os padrões sazonais típicos de humor e psicose estão alinhados com a produtividade de van Gogh, que também variava de tempos em tempos. Quando em crise, van Gogh tinha alucinações, tornava-se violento e não conseguia pintar. Outros acham que o pintor sofria de esquizofrenia [fonte: Delisi], como os irmãos Willemina e Cornellius. E há ainda uma tese que diz que van Gogh tinha epilepsia do lobo temporal, agravada pelo uso de absinto.
Seja qual for o diagnóstico correto, o fato é que a doença parece ter contribuído para a genialidade de van Gogh. Em muitos dos seus quadros é possível perceber o estado de humor de seu autor.
3. Edgard Allan Poe (1809 – 1849)
Mais conhecido por seu poema “The Raven”(O Corvo), o escritor Edgar Allan Poe escrevia compulsivamente histórias de detetives e de horror. Em seus contos tensos, ele dava bastante ênfase à forma e à estrutura. Seu conto “Os Assassinatos da Rua Morgue”, publicado em 1841, é chamado com frequência de primeira história moderna de detetives.
Apesar da habilidade como escritor, Poe tinha problemas com bebida, e cartas revelam que ele lutava contra pensamentos suicidas. As causas e as circunstâncias em torno de sua morte, aos 40 anos, são desconhecidas, mas talvez tenham a ver com insuficiência cardíaca ou com o alcoolismo. Baseada em sua interpretação das cartas de Poe, Kay Redfield Jamison especula que o escritor era maníaco-depressivo, um estado clínico conhecido hoje como transtorno bipolar. Em seu livro, ela argumenta que uma criatividade como a de Poe pode emergir de estados de loucura. Da mente doentia emerge uma perspectiva “cósmica” que deixa a essência criativa fluir, escreve Jamison.
O próprio Edgar Allan Poe parece ter visto a conexão entre criatividade e doença mental. Ele escreveu:
“Homens me chamaram de louco; mas a questão ainda não está definida, se loucura é ou não é a sublime inteligência — se muito disso é glorioso — se tudo isso é profundo — não emerge da doença ou do pensamento — dos humores da mente exaltada às expensas do intelecto geral” [fonte: Jamison].
2. Ludwing van Beethoven (1770 – 1827)
As contribuições de Beethoven para a música foram fundamentais. Sua intensidade apaixonada e criação brilhante levaram a música instrumental a um novo nível. Contudo, o famoso compositor teve uma vida dura. Criado por um pai alcoólico e violento, Beethoven era responsável pelo bem-estar de sua família batalhadora aos 18 anos. Um dos aspectos mais trágicos de sua vida foi sua surdez gradativa, que ocorreu entre seus 30 e 49 anos e pode ter sido resultado das surras dadas pelo pai. Extraordinariamente, ele foi capaz de compor alguns de seus trabalhos mais estimados depois da perda da audição.
Seu esforço interno está documentado nas cartas que escreveu para seus irmãos, em que ele discutia seu namoro com o suicídio. Os autores Hershman e Lieb propõem em seu livro que Beethoven provavelmente lutava com o transtorno bipolar. Além disso, François Martin Mai chama a atenção para a possibilidade de ele sofrer especificamente de depressão bipolar no livro “Diagnosing Genius”. Mai afirma que, apesar de suas tendências depressivas, Beethoven tinha períodos de intensidade e vigor consistentes com o transtorno bipolar. Exames e testes do cabelo de Beethoven recentemente revelaram uma grande quantidade de chumbo [fonte: Wash]. Isso pode ter desencadeado não só sua doença mental, mas também as dores advindas de problemas digestivos das quais ele reclamava com frequência.
1. Isaac Newton (1642 -1727)
Com numerosas e extensas contribuições para a física e a mecânica, Isaac Newton é universalmente conhecido como um pensador brilhante. De fato, pesquisas com cientistas da duas áreas e com o público mostram uma concordância de que Newton até ultrapassa Einstein em influência [fonte: The Royal Society]. Algumas de suas notáveis contribuições incluem a invenção do cálculo, a explicação da “gravitação universal”, o desenvolvimento de leis do movimento e a construção do primeiro telescópio refletivo.
Apesar de seus feitos, Newton sofria de tendências psicóticas e alterações de humor (incluindo períodos de empolgação desenfreada), e com frequência tinha dificuldades de lidar com isso [fonte: Enciclopédia Britânica, Salas]. Hershman e Lieb também teorizam em seu livro que Newton provavelmente sofria de transtorno bipolar. Além disso, suas cartas delirantes serviram para dar credibilidade à teoria de que ele era esquizofrênico [fonte: Glover]. O pai de Newton morreu antes dele nascer, e ele ficou separado da mãe entre os 2 e os 11 anos de idade. Seu distúrbio mental pode ter sido resultado dessa prolongada experiência traumática na infância [fonte: Enciclopédia Britânica].
sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Carma, destino ou maldição?


 O Assasino do Machado de Nova Orleans
Nome: Desconhecido
Em 23 de maio de 1918, um merceeiro italiano chamado Joseph Maggio e sua esposa foram assassinados enquanto dormiam no seu apartamento em cima da mercearia Maggio. Após investigação, a polícia descobriu que um painel na porta traseira foi cinzelado, proporcionando uma forma de o assassino entrar. A arma do crime, um machado, foi encontrada no apartamento ainda revestido com sangue dos Maggio. Nada na casa havia sido roubado, incluindo jóias e dinheiro que estavam quase à vista. A única pista que se descobriu foi uma mensagem que tinha sido escrito em giz perto da casa da vítima. Dizia: “A Sra. Joseph Maggio vai sentar-se hoje à noite. Apenas Escreve a Sra. Toney”. Quase exatamente um mês após o assassinato Maggio veio um segundo crime. Louis Bossumer, um merceeiro que vivia atrás de sua loja com sua esposa, Annie Harriet Lowe, foi encontrado por vizinhos certa manhã deitado em uma poça de sangue. As vítimas do assassino do machado contabilizam um total de oito pessoas antes das mortes pararem. Não havia nenhuma evidência capaz de ligar o único suspeito, José Mumfre, aos crimes. O crime nunca foi solucionado.

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Professora argentina apela por 'morte digna' da filha de dois anos

Professora argentina apela por 'morte digna' da filha Camila, de dois anos


A professora argentina Selva Herbón, 37,  fez um apelo para que sua filha de dois anos, em estado vegetativo desde que nasceu, possa ter uma "morte digna". A filha Camila ficou um período sem receber oxigênio durante o parto, o que pode ter provocado danos cerebrais, e está em um estado vegetativo permanente desde então. 
A professora enviou uma carta na semana passada aos deputados do país pedindo a aprovação de projeto de lei que permita "a morte digna" de Camila. Herbón escreveu que a situação da menina é "irrecuperável e irreversível", mas que existe um "vazio legal" na legislação atual que impede a retirada dos aparelhos que a mantém viva. 
Na carta, a mãe diz ainda que especialistas de quatro lugares deram parecer favorável a "limitar o esforço terapêutico e retirar o suporte vital" da criança. Ela diz, porém, que nenhum médico quer se arriscar a desligar os aparelhos, já que o fato, com as leis atuais, seria definido como "homicídio".
Selva e seu marido, Carlos, são pais também de uma menina de 8 anos, saudável. "Na minha condição de mãe, eu lhes suplico, a partir do meu caso e de muitos outros, que seja aberto o debate (no Parlamento)", afirmou na carta.
Sem visitas
Em entrevista à BBC Brasil, a professora disse ter certeza de que a "morte digna" é o melhor para Camila. "Na minha concepção de mãe, ela não tem vida digna. Camila não vê, não escuta, não chora, não sorri. Eu e meu marido não queremos que ela tenha uma vida mantida de modo artificial", disse.

A professora contou que o marido e a filha já não visitam a menina, internada no hospital Centro Gallego, da capital argentina, porque não suportam ver "a criança crescer, mas sem sentir nada". 
"Conversei com um especialista da Universidade Católica Argentina (UCA) que me disse que é possível desligar, legalmente, os aparelhos desde que se comprove que ela tem morte cerebral. Vamos tentar conseguir um médico que confirme este fato", disse.
Questionada se o desligamento dos respiradores artificiais significaria eutanásia, ela respondeu: "Eutanásia quer dizer 'boa morte'".
Selva afirma que recebeu, nesta quarta, um diploma por um curso virtual de bioética que estudou durante quatro meses. "Eu quis estudar para entender melhor o que estou defendendo para minha filha", disse. Segundo ela, outros pais "podem preferir ter um filho nestas condições, para poder acariciá-lo todos os dias". "Mas não é o que entendo como vida para minha filha", afirmou.

Especialistas
O apelo de Selva Herbón foi destaque nos jornais Clarin e La Nación, os principais da Argentina, e gerou entre especialistas manifestações pró e contra o pedido da mãe. 
"Uma pessoa em estado vegetativo persistente pode permanecer assim entre oito e dez anos. Mas a maior quantidade de informação disponível hoje é em relação aos adultos. Por isso, se busca o consenso (sobre a morte digna) em cada caso", disse o presidente da Associação Cérebro Vascular Argentina, Conrado Estol.
A coordenadora do Comitê de Bioética do Incucai (Instituto Nacional Central Único de Doações e Transplantes), Beatriz Firmenich, disse que a menina "já não deveria estar viva".
Mas o diretor do Departamento de Bioética da Universidade Austral, Carlos Pineda, é contra o desligamento dos aparelhos. "É um ser humano que merece ser respeitado. Mas sua família não a considera um ser humano, e por isso pede que ela seja morta", disse Pineda.
O deputado Miguel Bonasso, do partido Diálogo por Buenos Aires, disse que o debate deve ser aberto, e por isso recentemente apresentou um projeto de lei no Congresso que possibilita "a autonomia dos pacientes e o respeito à sua vontade".  Seus assessores disseram, porém, que o texto foi pensado para adultos, e não para crianças, e por isso o debate é a melhor saída. De acordo com a imprensa local, outros oito projetos semelhantes estão no Congresso.
Para o assessor de Bioética da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, Juan Carlos Tealdi, o estado da menina é "irreversível" mas, na sua opinião, os médicos "têm medo de ser processados" pela Justiça.
Na Argentina, duas províncias, Neuquén e Rio Negro, sancionaram recentemente leis que legalizam a "morte digna".
  
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